UMA CASA VIVA E CHEIA DE HISTÓRIAS
Conheça o apartamento que a designer de interiores Camila Niskier escolheu para ser seu lar após sua 18ª mudança, no Arpoador
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-035-534x800.jpg)
Foi uma longa estrada que levou Camila Niskier até seu novo apartamento no Arpoador. No total, exatamente 18 mudanças. Mas, depois de morar em muitas casas diferentes – até mesmo em Moçambique e Bali – a designer de interiores decidiu que era chegada a hora de se acomodar em terras cariocas com o marido e os dois filhos.
A mudança aconteceu em 2017, mas foi só agora, em 2024, que Camila deu início à tão desejada reforma para deixar o apartamento de 170 m² do jeitinho que sempre imaginou. Para isso, chamou as arquitetas Ana Figueiredo, Nanda Negri e Livia Esteves (do escritório Noa) e, juntas, deram o pontapé da grande obra, derrubando todas as paredes e redesenhando todo o layout.
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-001.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-008.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-009.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-012.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-013.jpg)
O projeto seguiu uma arquitetura limpa e sem excessos, com uma base branca se mesclando com o concreto aparente e pinceladas de cor em uma parede ou outra. A ideia principal era transformar a casa em um espaço amplo para receber família e amigos que fosse funcional para todos os moradores. Os filhos, já adolescentes, desejavam quartos separados e Camila, que adora cozinhar e receber, queria uma cozinha aberta e viva.
E por falar em cozinha, o revestimento escuro escolhido para o ambiente foi resultado de um curso que a designer fez sobre bioconstrução, quando se apaixonou pela técnica marroquina chamada Tadelakt, à base de cal, que confere um acabamento lustroso e suave. Já a bicicleta suspensa é uma homenagem à atividade preferida do marido.
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-016-534x800.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-023.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-024.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/240313-AP-CAMILA-NISKIER-026.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/det-cozinha-1-240313-AP-CAMILA-NISKIER-002.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/det-cozinha-2-240313-AP-CAMILA-NISKIER-002.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/det-estar-1-240313-AP-CAMILA-NISKIER-002.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/det-estar-2-240313-AP-CAMILA-NISKIER-002.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/det-estar-4-240313-AP-CAMILA-NISKIER-002.jpg)
O quarto de casal – a parte mais difícil, segundo Camila – ganhou um home office com uma mistura de estampas coloridas e uma variedade de móveis e acessórios acumulados durante as viagens: as duas mesas de cabeceira e a cama vieram de Moçambique, as luminárias são de Bali e o quadro em cima da cama é um caminho de mesa comprado de um artesão na Namíbia.
“A cada mudança, fui entendendo o que era essencial para minhas casas serem meus lares. Para mim, o essencial não precisa ser minimalista. Pode ser vibrante e aconchegante. É aquilo que conta a minha história, um relato visual de quem eu sou”, explica.
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/det-quarto-1-240313-AP-CAMILA-NISKIER-002.jpg)
![](http://www.asarquitetasonline.com.br/wp-content/uploads/2024/05/det-quarto-2-240313-AP-CAMILA-NISKIER-002.jpg)
O apartamento é inteiro assim: uma grande miscelânea de móveis e peças garimpadas ao longo dos anos pela família: mesa de jantar, carrinho de bar, pufes, luminárias, caixas, cachepots… Tradicionais sinos balineses decoram o hall de entrada. Na cozinha, as latas antigas de mantimentos foram garimpadas em um mercado de pulgas no Brooklin (Nova York). E as mantas trazidas do Atacama hoje enfeitam o sofá em conjunto com as almofadas forradas com tecidos da Indonésia.
“Minha casa é uma colagem de histórias colecionadas ao longo da vida. E herança, muita herança. De casas das nossas famílias que já contaram muitas outras histórias”, reflete Camila.
Entre peças passadas por gerações e itens colecionados ao longo do tempo pelo mundo, há também os móveis desenhados para a Bauh, marca da própria Camila, que ela não resistiu e levou para casa, como as mesas de centro e lateral, além de abajures e bandejas.
“Decorar a casa é isso, abrir suas experiências mais especiais para quem chegar. Gosto das imperfeições. Dos amassados, enferrujados. Das gavetas barulhentas. Das marcas do tempo. Volta e meia mudo tudo de lugar e experimento composições ainda não exploradas. Minha casa é um espaço fervilhante, sem frescuras, e um convite para quem chega tirar os sapatos, deitar na rede enquanto espera alguma coisa sair das panelas”, completa.
SOBRE A BAUH MÓVEIS
Móveis de madeira maciça de demolição que seguem o estilo rústico elegante com inspiração em peças antigas de fazenda. Essa é a Bauh, que nasceu da união da designer de interiores com os arquitetos Marcelo Zalona e Rafael Távora — este último à frente da tradicional Oficina Brasileira, que fabrica móveis sob medida para grandes escritórios de arquitetura como Bernardes, Miguel Pinto Guimarães e Ouriço.
A marca conta com uma linha de aparadores, estantes, mesas, ilhas de cozinha, e escrivaninhas, louceiros e luminárias, à mostra em um charmoso showroom na Rua Duque Estrada, na Gávea.
“A Bauh Móveis valoriza o tempo e as marcas que ele deixa enquanto passa e encontra elegância em sinais que revelam as memórias; sonha com futuras marcas das histórias ainda a serem vividas”, diz Camila Niskier.
“A gente não inventa, não segue tendência e gosta de fazer a marcenaria tradicional, como ela era feita antigamente, através de encaixes, cavilhas”, completa Rafa Távora.
Bauh Móveis
Atendimento com hora marcada @bauhmoveis