IN.Visível Sagrado
Artista mineiro Gui Mazzoni apresenta trabalho fotográfico na linha do Abstracionismo no Centro Cultural Correios de São Paulo
Utilizando duas ferramentas da fotografia para a criação, Gui Mazzoni apresenta, a partir do dia 22 de dezembro, sua individual “IN.Visível Sagrado”, no Centro Cultural Correios de São Paulo, depois de exposto no Rio de Janeiro.
A primeira, denominada de “Sonofotografia” (trabalho autoral do artista que cria imagens do seu próprio corpo, não reconhecíveis, em vias da técnica de ultrassonografia) permite a ampliação do olhar estético diante da estrutura humana interna. Já a segunda, “Fotorecorte”, é uma sequência de fotos que atuam no frame do real. Por meio de aparato tradicional, como câmeras, as fotos são capturadas para posteriormente serem alteradas no computador, em uma busca pela subversão da técnica. Composta por 20 quadros fotográficos e quatro impressões transparentes em tecidos, em alta resolução, presas do teto ao chão da sala, simulando a ideia de quatro pilastras e/ou quatro pórticos de quase quatro metros – a exposição totaliza 24 obras no espaço expositivo. As grandes dimensões das obras têm o propósito de ampliar a sensação de sublime e sagrado do não-visível, da vida que acontece nas “pequenezas”, contendo uma simbologia importante na vivência da contemporaneidade.
A exposição integra a programação da 5ª edição da Bela Bienal, evento itinerante que este ano já esteve na Finlândia, e aportou no Brasil com agenda em algumas importantes cidades.
“As fotografias geradas são recortes aproximados das coisas e do mundo para produzir uma outra visão, desconfigurando o real, mas, ainda sim, com uma forte presença plástica das linhas e formas da imagem. Todo o conjunto da obra se dialoga em ‘dar voz’ aos detalhes da vida, o que normalmente não se pode ser percebido sem um apuro sensível e técnico”, afirma o artista Gui Mazzoni.”IN.Visível Sagrado” propõe a fotografia do não-real como captura do estado de vida “Nas entranhas do ver. Assim, o trabalho do Gui Mazzoni, fotógrafo e médico, vem penetrando na arte. As suas obras partem das miudezas da vida e das suas incessantes buscas pelas formas e surge uma linguagem imagética que se dissolve no indelével das coisas do mundo. A partir do som se reconstrói um corpo, um outro, que não é visto ao olho nu. Aquilo que não se enxerga ganha visibilidade em imagens com ritmo e cores contrastantes. Esta construção pode ser apreciada nas fotos denominadas de “sonofotografias”, técnica que o artista desenvolveu a partir de autorretratos corpóreos realizados por meio do aparelho de ultrassonografia. As composições abstratas partem de um quadro de experimento em que desregula o sistema, o aparato, e lança mão de uma estética não-normativa, afastando-se da metodologia científica e projetando no universo artístico. O Sagrado é representado não pelo estado simplista da santificação de uma imagem, há um sagrado profano-coletivo nas fotografias, onde encontram-se as belezas nas minúcias, na pluralidade das coisas e nos vislumbres das possibilidades de vivencias do real”, avalia Cota Azevedo, que assina a produção e a curadoria com Edson Cardoso.
Saiba mais sobre Gui Mazzoni
Fotógrafo, médico, mestre e doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerias, UFMG, e referência no diagnóstico por imagem por meio da ultrassonografia. A sua especialização no campo da medicina o possibilitou desenvolver o pioneirismo da técnica de ‘Sonofotografia’ que cria e imprime fotos a partir da autoimagem dos ecos oriundos do seu corpo, que são obtidas pelo equipamento tecnológico da ultrassonografia. Sua pesquisa na arte direcionada para a fotografia abstrata teve início há mais de 30 anos, quando o seu pai, fotógrafo-profissional o ensinava diante da estética da imagem. Gui estudou na Escola Guignard e nas Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, em segmentos como fotografia digital, Photoshop e Flash. Desde 2017 atua com as fotografias autorais do som e realiza cursos de especialização no Núcleo de Estudos Fotografia, Arte e Cultura, em Belo Horizonte, MG.
Exposições
2021 – Exposição coletiva BELA Biennial of European and Latin America Contemporary Art, Helsinki;
2021 – Exposição coletiva “Mascararte” na CasaAristides, NovaLima, MinasGerais
2020 – Exposição internacional virtual “Cores da Espanha”; Exposição “Mascararte” na Casa J, em Belo Horizonte, Minas Gerais
2019 – Exposição individual – Interface (seleção por edital) – Centro Cultural Sesiminas Ouro Preto, em Ouro Preto, Minas Gerais; Exposição individual- Interface – (seleção por edital) Centro Cultural Sesiminas Yves Alves, em Tiradentes, Minas Gerais; Exposição individual- Interface – (seleção por edital) Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte, Minas Gerais Exposição coletiva Dança das Cadeiras, no Ponteio Lar Shopping, em Belo Horizonte, Minas Gerais; Exposição coletiva da Galeria Libertas, no evento do ‘Morar mais por menos’, em Belo Horizonte, Minas Gerais; Exposição coletiva Galeria Gilda Queiroz, em Belo Horizonte, Minas Gerais;
2018 – Exposição coletiva Signal Arts Centre, Facets of Brazil, em Bray, Irlanda
2017 – Exposição individual – Sonata – Espaço Cultural Otto Cirne – Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte; Exposição coletiva – (seleção por edital) – Galeria de Arte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte
2013 – Exposição coletiva – Estúdio e Escola de Fotografia, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Serviço:
“IN.Visível Sagrado” – artista mineiro apresenta cerca de 24 fotografias de grandes dimensões trabalhadas a partir de duas técnicas distintas. A individual faz parte da 5ª edição da Bela Bienal.
Abertura: dia 22 de dezembro de 2021, quarta-feira, às 18h
Período: de 23 de dezembro de 2021 a 12 de fevereiro de 2022
Curadoria: Edson Cardoso e Cota Azevedo
Local: Centro Cultural Correios de São Paulo.
Endereço: Praça Pedro Lessa s/n Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo – SP
Visitação: de segunda a sexta, das 10h às 18h
Entrada gratuita