FLUXOS DO MODERNO e MARIA MARTINS, DESEJO IMAGINANTE

As aberturas de duas exposições no sábado (12), na Casa Roberto Marinho, atraíram muita gente ao Cosme Velho.
“Maria Martins: desejo imaginante”, retrospectiva realizada em colaboração com o MASP, é a mais ampla pesquisa já dedicada à grande artista mineira conhecida como a “escultora dos trópicos”. Com curadoria de Isabella Rjeille e curadoria adjunta de Fernanda Lopes, a mostra reúne cerca de 40 obras produzidas entre as décadas de 1940 e 1950, além de documentos, publicações e fotografias que contextualizam a trajetória de Maria no Brasil e no exterior.  
Em resposta ao centenário da Semana de 22, Lauro Cavalcanti, diretor da Casa, organizou a bela coletiva “Fluxos do Moderno”. São 43 obras da Coleção Roberto Marinho produzidas entre os anos de 1910 e 1940, por grandes expoentes do movimento modernista como Anita Malfatti, Portinari, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Pancetti, Lasar Segall, Milton Dacosta, Roberto Rodrigues, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret e Vittorio Gobbis.

Fluxos do Moderno (1910 a 1940)

A Casa Roberto Marinho, um centro ativo de referência e pesquisa em modernismo brasileiro, anuncia a exposição Fluxos do Moderno em resposta ao centenário da Semana de 22. Com curadoria de Lauro Cavalcanti, diretor do instituto, a coletiva foi inaugurada no dia 12 de março, reunindo 43 obras do acervo produzidas entre os anos de 1910 e 1940, no térreo da Casa.

Casa RobertoMarinho fachada_ Foto Selmy Yassuda

A experimentação e a diversidade de repertórios de alguns dos expoentes do movimento cultural que transformou a linguagem artística do país está expressa nos trabalhos dos 12 nomes apresentados na mostra: Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), Anita Malfatti (1889-1964), Candido Portinari (1903-1962), Di Cavalcanti (1897-1976), Ismael Nery (1900-1934), José Pancetti (1902-1958), Lasar Segall (1889-1957), Milton Dacosta (1915-1988), Roberto Rodrigues (1906-1929), Tarsila do Amaral (1886-1973), Victor Brecheret (1894-1955) e Vittorio Gobbis (1894-1968).

Pinturas de Anita Malfatti, Milton Dacosta e Di Cavalcanti exibidas pela primeira vez na Casa – desde a inauguração como instituto cultural em abril de 2018 – são um convite aos frequentadores mais assíduos do espaço no Cosme Velho, zona sul do Rio de Janeiro. A exposição reúne outras obras pouco vistas pelo público, como as seis pinturas do artista pernambucano Roberto Rodrigues, irmão do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues.

Segundo Cavalcanti, “mostras e estudos em várias instituições brasileiras enaltecem e relativizam a importância da Semana de Arte Moderna, apontando a desatenção aos movimentos de outras regiões e ou levantando questões que, talvez, reflitam não mais que a transposição de pautas contemporâneas a um outro tempo”.

De acordo com o curador, a Semana de 22 certamente não é o marco inaugural do moderno, mas é indiscutível a relevância e simbolismo daqueles dias de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo:

A mostra permanece até 26 junho, com agendamento on-line através do site do instituto.

Maria Martins: desejo imaginante

A Casa Roberto Marinho e o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) apresentam a retrospectiva Maria Martins: desejo imaginante, que abre sua temporada carioca no dia 12 de março. Com curadoria de Isabella Rjeille e curadoria adjunta de Fernanda Lopes, a mostra reúne cerca de 40 obras (esculturas, gravuras, desenhos e pinturas) produzidas entre as décadas de 1940 e 1950, além de documentos, publicações e fotografias que contextualizam a trajetória da artista mineira, no Brasil e no exterior.

“É a maior exposição dedicada à obra de Maria no Rio de Janeiro, desde sua retrospectiva no Museu de Arte Moderna em 1956”, revela Fernanda Lopes. “É muito interessante mostrar seu trabalho em 2022, ano em que se comemora o centenário da Semana de Arte Moderna. Ela, como Goeldi e Flavio de Carvalho, representa outra ideia dos trópicos, um moderno mais sombrio que subverte o que é dócil e agradável aos olhos do espectador. Não há em sua obra o suposto verniz cordial de um Brasil solar”.

Maria de Lourdes Martins Pereira e Souza, nascida em 1894, em Campanha (MG), marcou presença na história da arte moderna brasileira e no panorama do surrealismo internacional. Escultora, desenhista, gravadora e escritora, teve seu trabalho reconhecido tardiamente no Brasil. Grande parte de sua carreira foi desenvolvida no exterior, enquanto acompanhava as atividades de seu segundo marido, o embaixador Carlos Martins, em diversas partes do mundo.

Fotos Selmy Yassuda

SERVIÇO:

Fluxos do Moderno

Abertura: 12 de março de 2022

Encerramento: 26 de junho de 2022

SERVIÇO:

Maria Martins: desejo imaginante

Abertura pública: 12 de março de 2022, às 12h

Casa Roberto Marinho

Rua Cosme Velho, 1105

Rio de Janeiro – RJ

Tel: (21) 3298-9449

www.casaroberomarinho.org.br

Instagram: @casarobertomarinho

Horário de funcionamento regular:

Terça a domingo, das 12h às 18h

Ingressos: R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia entrada)

Às quartas-feiras, a entrada é franca.

Aos domingos, “ingresso família” a R$ 10 para grupos de quatro pessoas.

A CRM respeita todas as gratuidades previstas por lei.

Estacionamento gratuito para visitantes, em frente ao local, com capacidade para 30 carros.

A Casa Roberto Marinho é acessível a portadores de deficiências físicas.

Advertising