ARQUITETURA KITSCH





“Kitsch é um termo de origem alemã de significado e aplicação controversos. Usualmente é empregado nos estudos de estética para designar uma categoria de objetos vulgares, baratos, de mau gosto, sentimentais, que copiam referências da cultura erudita sem critério e sem atingirem o nível de qualidade de seus modelos, e que se destinam ao consumo de massa. Embora o kitsch apresente a si mesmo como “profundo”, “artístico”, “importante” ou “emocionante”, raramente estes qualificativos são adquiridos por características intrínsecas ao objeto, antes derivam de associações externas que seu público estabelece. É uma expressão essencialmente figurativa, sendo difícil detectá-lo nas artes abstratas, pois depende de um conteúdo narrativo para exercer seu efeito.[1]

Bom, isso é o que está escrito na Wikipédia.

Sinceramente, acho muito pretensiosa a explicação. Embora haja sim, um julgamento sobre bom e mau gosto, após ler o livro de Dinah Guimarães e Lauro Cavalcanti, há muitos anos atrás na faculdade, passei a considerar essa expressão na arquitetura mais no seu sentido simbólico do que estético. É a personalidade individual exposta na arquitetura, caquinho por caquinho de cerâmica.
Hoje aqui no blog vamos nos libertar de julgamentos estéticos rígidos e buscar pensar que  os exemplos mostram a intenção de se individualizar no contexto social e se mostrar como alguém de destaque.
Preconceitos sempre nos fecham e  a livre expressão é sempre bem vinda, desde que não agrida ao outro.

PS.: Não consegui encontrar nenhuma imagem do próprio livro na internet. Não devem estar liberadas. Então, seguem imagens dentro do conceito.

1

FLAMINGOS NAS TAÇAS

2

SOFÁ-BOLO

3

TODAS AS CRENÇAS E DEVOÇÕES

4

FOFO!

5

I LOVE ANIMALS!

6

VÊNUS RENASCIDA DA PISCINA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobre o livro ” Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural” de Dinah Guimarães e Lauro Cavalcanti

Desde quando ser kitsch é ser moderno?
Desde quando os autores, Dinah Guimarães e Lauro Cavalcanti, ainda estudantes nos anos 1970, tiveram contato com os subúrbios cariocas e se depararam com construções totalmente diferentes dos modelos aprendidos nas pranchetas da Faculdade de Arquitetura da UFRJ. E foi se embrenhando pela periferia que eles acabaram por desenvolver a pesquisa que resultou no livro. O olhar atento destes dois pesquisadores detectou a riqueza da produção arquitetônica das “classes populares” e, de forma ousada, transformou-a em objeto de estudo acadêmico. Até então, no Brasil, kitsch era sinônimo de mau gosto, ou melhor, de uma produção artística e arquitetônica que não mereceria um olhar mais atento.
Publicação que marcou uma época por ter redimensionado esta produção e retirado o caráter pejorativo do termo, o livro alcança um dos seus principais objetivos: “refletir sobre o papel da cultura de massa como território de fronteira entre arte erudita e popular”.
(Claudia Ricci)




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